Programa do Ministério da Educação prevê apoio técnico e financeiro para ampliar a qualidade do ensino e tornar a escola mais atrativa para os alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental
Em julho de 2024, o Ministério da Educação (MEC) lançou o Programa Escola das Adolescências – portaria nº 635/2024. A iniciativa tem como objetivo oferecer apoio técnico e financeiro para fomentar a qualidade do ensino nos Anos Finais do Ensino Fundamental.
Para isso, o programa prevê a construção de uma proposta que se conecte com as diversas formas de viver a adolescência no país, melhorando o acesso, o progresso escolar e o desenvolvimento integral dos estudantes. A iniciativa também pauta-se pela promoção de um espaço acolhedor e de trajetórias escolares bem-sucedidas, com equidade educacional, que considera aspectos regionais, socioeconômicos, étnico-raciais e de gênero.
Por que rever o trabalho pedagógico com os adolescentes?
A adolescência é um período singular de transição da infância para a vida adulta, marcado por mudanças físicas, emocionais, intelectuais e sociais. Essas particularidades devem ser contempladas e atendidas ao se pensar a oferta educacional para estudantes dessa faixa etária.
Do ponto de vista da neurociência, a adolescência consiste em um momento de muita atividade neural, crucial para a formação da identidade e o desenvolvimento de competências, como a autoconsciência, a tomada de decisão, a organização e a autorregulação.
Além disso, essa etapa do ensino apresenta muitos desafios, como a falta de interesse dos jovens na escola, a defasagem e as desigualdades nos resultados da aprendizagem e altas taxas de evasão e abandono escolar.
As experiências e formas de viver a adolescência são múltiplas. Fatores socioeconômicos, regionais, familiares, étnico-raciais e de gênero têm forte influência. A escola deve acolher essa diversidade, por isso a escolha pelo termo adolescências, no plural. Saiba mais sobre esse modelo no site: https://novaescola.org.br/conteudo/21903/escola-das-adolescencias-o-que-ja-sabemos-sobre-a-nova-politica