Especialistas e docentes explicam por que promover uma educação para todos é essencial para um ensino que valoriza a diversidade e considera as diferentes potencialidades dos estudantes
Ressignificar um modelo de escola que, tradicionalmente, naturaliza práticas excludentes, tornando-o mais democrático – este é um dos principais objetivos da Educação Inclusiva na opinião de Fabíola Fernanda do Patrocínio Alves, professora, psicoterapeuta e doutora em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A profissional, que já atuou como psicóloga escolar na rede pública mineira, acredita ser fundamental entender que a Educação inclusiva não é apenas aquela destinada a alunos com deficiência. “Ela é uma perspectiva filosófica e política que pensa uma educação democrática, para todos”, afirma.

Lailla Micas, especialista em Educação Especial do portal Diversa, iniciativa do Instituto Rodrigo Mendes (IRM), explica que a Educação Especial, prevista no artigo 58 da Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDB), é a modalidade de ensino que atende alunos com deficiência. Ela está inserida no contexto da Educação inclusiva que, por sua vez, considera todas as diferenças em uma sala de aula, como raça, cor, gênero, origem étnica etc. O objetivo é pensar a escola como um espaço para todos, mesmo antes da chegada de pessoas com deficiência no local, por exemplo.
“A Educação Inclusiva é um conceito relativamente novo, que defende que todos, sem exceção, têm direito à Educação. Por isso, pressupõe que, para todos estarem lá [na escola], é preciso dar condições e oportunidades. Isso deve ser feito sem ignorar as diferenças, mas valorizando-as”, complementa a especialista.
Uma vez definidos os conceitos de Educação Especial e Educação Inclusiva, confira as respostas a algumas das principais dúvidas sobre o tema, construídas também com a consultora Maria da Paz Castro “Gunga”, educadora e especialista em Educação Inclusiva.
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